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Jardim das Delícias


Sábado, 18.11.23

Adão Cruz

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PALESTINA

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QUEM VIVEU 60 ANOS DE EXERCÍCIO DA MEDICINA A TENTAR SALVAR VIDAS E FEZ DUAS DÉCADAS DE CUIDADOS INTENSIVOS, QUEM NÃO DORMIA COM A HIPÓTESE DE TER DE DESLIGAR UMA MÁQUINA DE SUPORTE DE VIDA, QUEM TANTAS VIDAS TENTOU RESSUSCITAR NA FRONTEIIRA DA MORTE, NÃO CONSEGUE ENTENDER NEM SEQUER IMAGINAR A TAMANHA BRUTALIDADE, A TÃO MEDONHA BESTIALIDADE E TÃO MONSTRUOSA E INCONCEBÍVEL REALIDADE....DE UM ASSASSINO CORTE DE ENERGIA.

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por Augusta Clara às 21:08

Terça-feira, 13.06.23

Prémio italiano de poesia para Adão Cruz

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O documento que atesta a atribuição do PRÉMIO ATHOS LAZZARI, da Citta di Cattolica, ao livro de poesia de Adão Cruz ENTRE AS MÃOS E O SONHO

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por Augusta Clara às 23:01

Terça-feira, 16.05.23

Le Temps des Cerises

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(Adão no Paraíso)

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por Augusta Clara às 18:43

Segunda-feira, 01.05.23

Primeiro de Maio - Adão Cruz

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Adão Cruz  Primeiro de Maio

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(Silvia Molinari)

 

Primeiro e único
Verdadeiro
Maio acordado
Maio maduro
Penoso
Duro
Nunca vergado.
Floresta de braços e abraços
Festa dor do Maio primeiro
Carne e alma
Seio fecundo
Onde corre o leite
Que alimenta o mundo.
Ir e voltar
Voltar a ir e a vir
Entre a dor e a alegria
Penoso caminho da vida inteira
Para prender um braço de sol
Entre a noite e o dia.
Mãos crispadas
Calejadas
Calor que os filhos aquece
Na esperança de outros sóis
Calar da fome que os adormece
Entre o antes e o depois
Da luta que não esmorece.
Maio de medos e canções
Maio de sempre
Maduro Maio
No fundo dos corações
Terra e vida
Vida dos que amam a terra
Antes morta que vencida.
Na palma da mão
Aberta e solidária
Festa da alegria
Maio dor e lágrimas
Renascido Maio
Nunca Maio da agonia.
Sol inteiro roubado
Sol do acordar de Maio
Vermelho e quente
Sol que é de todos
Maio de sol nascente.

 

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por Augusta Clara às 23:12

Quarta-feira, 26.04.23

FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE TURIM 2023

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Os livros de Adão Cruz , Contos do Ser e Não Ser e Entre as Mãos e o Sonho
vão estar na FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE TURIM 2023 que se realiza de 18 a 23 de Maio

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por Augusta Clara às 21:55

Quarta-feira, 26.04.23

FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE TURIM 2023

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Os livros de Adão Cruz , "Contos do Ser e Não Ser" e "Entre as Mãos e o Sonho"
vão estar na FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO DE TURIM 2023 que se realiza de 18 a 23 de Maio
 

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por Augusta Clara às 21:41

Terça-feira, 28.03.23

Reflexão sobre as palavras - Adão Cruz

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Adão Cruz  Reflexão sobre as palavras

 

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   Tenho muito respeito pelas palavras e pela verdade nuclear que as constitui. Tenho muito medo de poder esvaziá-las ou atraiçoá-las.
As palavras, elas mesmas, têm necessidade de serem ditas por inteiro, de outra forma não passam de palavras mudas, e eu tenho necessidade de as saber dizer, senão não passo de mero dizente. Por outro lado, se as palavras têm um sentido para aquele que as diz ou escreve, podem não o ter, ou ter um sentido diferente para aquele que as ouve ou as lê. O conceito de sentido é fundamental na comunicação. E o sentido está dentro de cada um de nós e resulta da forma como respondemos interiormente às nossas experiências, que não é a mesma de cada um daqueles que nos lêem ou nos ouvem. O sentido é fruto de um processo complexo em constante movimento, e ao transmiti-lo, nunca devemos esperar uma colagem pura e simples, que de nada serve, mas sim a procura de uma integração consciente nos mecanismos construtivistas do sentido dos outros.
Vem isto a propósito de um artigo em que falei das duas naturezas do ser humano, a natureza antropológica e antropocêntrica e a natureza centrífuga da sua dimensão universal, as quais, na realidade, são apenas uma.
O hipotético Big-Bang, inimaginável explosão do pequeno desequilíbrio entre a matéria e a antimatéria, fez com que o Universo entrasse em expansão arrastando com ele esta risível partícula de poeira chamada Terra e este micróbio chamado Homem. No confronto entre a resistência da condição humana e o movimento de fuga para fora dessa condição, tendente a dilatar o homem no infinito, residiria, a meu ver, a mente, ou interface onde a verdadeira vida se processa.
Não querendo abusar das palavras, mas valendo-me delas com o máximo respeito que merecem, eu diria que, sem perder a sua dimensão universal, o Homem, dentro da sua natureza terrena, pode desenvolver uma luta racional e científica que o projecte para fora da sua pequenez, guiado pelo amadurecimento de uma consciência social que o ajude a combater a indignidade e a perversão, os grandes males do mundo. Apesar de não ser o centro de nada, ele detém a força do equilíbrio ou do desequilíbrio da humanidade. E tem um enorme potencial de conhecimento acumulado, que pode permitir alcançar o equilíbrio ou aprofundar o desequilíbrio entre os homens. O Homem é um ser vivo com actividade própria em permanente interacção adaptativa com o meio. Possui uma força intelectiva e emocional, que o torna capaz de entender as realidades e transformá-las, transformando-se, ele próprio, dentro da sua sensibilidade intrínseca. Assim como o seu fenótipo e o seu saber resultam de uma interacção, de uma evolução e de um diálogo permanente entre o genótipo, o meio ambiente e a admirável neuroplasticidade cerebral, ele, ontologicamente parte integrante do Universo, não pode fugir a esta sua dimensão. Por isso o homem não é um simples quantitativo nem uma estática soma, antes se constitui por um infindável crescendo de saltos qualitativos que o levam a reconhecer que o todo é sempre muito maior do que as partes, tanto no que se refere às relações com ele próprio e com os outros, como no que diz respeito à consciência da sua relação com o infinito.

 

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por Augusta Clara às 19:00

Sábado, 25.03.23

Reflexão sobre Ética - Adão Cruz

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Adão Cruz  Reflexão sobre Ética

 

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   Para mim é muito difícil dizer o que é a Ética, até porque não sou, propriamente, uma pessoa sabedora nestas áreas. No entanto, a vida sempre me deu a entender que a Ética poderá ser a mais bela construção do ser humano. A Ética deve ser, penso eu, a vivência da verdade, o lugar certo do Homem dentro de si mesmo, o fio-de-prumo do Homem no interior da sua cumplicidade. A ética compreende a disposição do Homem na vida, interfere com o seu carácter, os seus costumes, a sua moral, ao fim e ao cabo com o seu modo e a sua forma de vida. O Homem faz-se por si e pelos outros, sendo que a ética é a autenticidade e a dignidade deste fazer-se. A construção da ética assenta, a meu ver, em quatro pilares fundamentais.
O primeiro pilar da verdadeira morada do Homem seria constituído pelo pensamento e pela sua inseparável companheira, a razão. A Ética será uma consequência da razão. Podemos dizer que as plataformas que permitem a elaboração de um pensamento ético são a liberdade e a responsabilidade. A capacidade do Homem de se autodeterminar e assumir a direcção da sua vida determina-o como homem livre e, por conseguinte, a caminho do sujeito ético. E um sujeito ético é, fundamentalmente, um sujeito que procura a verdade. O referente da liberdade humana é a procura da verdade, porque a verdade orienta a liberdade e encaminha-a para a sua plenitude. O pensamento é o suporte mais poderoso e a mais forte armadura do Homem, a mágica força da sua criatividade. Sem pensamento e sem razão a mente humana não passa de um céu brumoso, sem ponta de sol. Por isso o pensamento e a razão têm tantos inimigos!
O segundo princípio ou pilar fundamental decorre do primeiro e chama-se cultura. Não sei verdadeiramente o que é a cultura. E cada vez sei menos, neste pequeno país e neste pequeno planeta feito de inúmeros serventuários medíocres, de arrogante postura, incriativos plagiadores de todos os lugares-comuns inseridos nas políticas de retrocesso. Sei, no entanto, que não é a cultura-espectáculo, a cultura enlatada dos cabotinos, a pseudocultura massificada que só gera vícios consumistas, impedindo o homem de pensar, reflectir e encontrar, mas a cultura do dia-a-dia, a cultura estruturante da pessoa, a cultura do percurso, a cultura dialógica que está na base da racionalidade crítica, orientada para a procura do significado da realidade humana.
O terceiro princípio seria o respeito pelos outros. Todavia, o respeito pelos outros nunca existirá se não houver respeito por nós próprios. O respeito pelos outros é o espelho do respeito por nós próprios.
O quarto pilar desta edificação ética do Homem seria a justiça e a solidariedade. O primeiro passo da solidariedade estaria no entender da justiça social e no seu consciente reconhecimento como prioridade das prioridades. O segundo passo seria a consciência de que viver dos outros implica sempre viver com os outros e para os outros. Precisamente o contrário daqueles que aceitam o individualismo e o hedonismo como fatal decorrência da onda desumanizante. Penso que o Homem é um ser para o encontro, encontro consigo mesmo, com os outros, com o mundo e com o transcendente, ao qual deverá dedicar a sua razão e a sua consciência, dentro da vital necessidade da procura da verdade.
 

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por Augusta Clara às 19:57

Terça-feira, 21.03.23

PREMIO SPECIALE POESIA ATHOS LAZZARI para ENTRE AS MÃOS E O SONHO, de Adão Cruz

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PREMIO SPECIALE POESIA ATHOS LAZZARI para ENTRE AS MÃOS E O SONHO, de Adão Cruz

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   Neste DIA MUNDIAL DA POESIA chega a notícia de que o livro de poemas de Adão Cruz, ENTRE AS MÃOS E O SONHO, recebeu, conjuntamente com os autores de outros dois livros, o PREMIO SPECIALE POESIA ATHOS LAZZARI. Este prémio está integrado num evento intitulado PREMIO LITTERARIO INTERNAZIONALE CITTA’ DI CATTOLICA (uma cidade italiana na costa do Adriático) que atribui vários outros prémios.

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por Augusta Clara às 18:49

Terça-feira, 24.01.23

A ponte - Adão Cruz

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Adão Cruz  A ponte

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(Adão Cruz)

 

   O Homem é um ser uno e indivisível, muito complexo. Ele é, no entanto, composto por uma infinidade de subunidades, todas elas intimamente ligadas entre si. A mais importante de todas, se assim podemos dizer, a unidade soberana, é o cérebro. Este órgão, bem guardado numa caixa óssea, feita da substância mais dura do corpo humano, é constituído por cerca de cem biliões de neurónios em permanente actividade, através dos quais se processam em cada momento, provavelmente, triliões de neuro-transmissões. O nosso esquema cerebral é idêntico em todos nós mas o conteúdo de cada cérebro é totalmente diferente.
A Humanidade não é um mero conjunto de homens e mulheres. A Humanidade é uma profunda e intrincada rede de relações, de relações humanas muito complexas. O cérebro de cada um de nós, apesar de encerrado num compartimento estanque, não se encontra isolado. Relaciona-se, permanentemente e mais ou menos intimamente, com todos os outros, e todos os outros se relacionam com ele de forma mais ou menos profunda, através dos múltiplos canais de comunicação que vão desde a linguagem, falada, escrita ou gestual, à mímica, à postura, às atitudes, aos comportamentos, não falando já de outras formas de comunicação menos conhecidas, que estão na base da investigação de hipotéticas concepções, como a existência de campos ou configurações electromagnéticas extra-cerebrais. Todo o homem se relaciona mais ou menos activamente com os inúmeros fenómenos que o rodeiam e com tudo o que vê e não vê, com tudo o que entende e não entende. O diálogo do Homem com o homem e do Homem com o mundo no seio da natureza e da Humanidade é permanente, profundo e inevitável. Assim vai ele construindo, dia após dia, o seu emaranhado mundo relacional, o seu autêntico microcosmos regido por todas as inimagináveis forças da sua microgaláxia.
Deixo um pouco de lado este homem-relação e vou imaginar que um qualquer de nós, encontrando-se num qualquer ponto do macrocosmos, no seio do Universo, a milhões de anos-luz de distância, resolve vir por aí abaixo (ou por aí acima!) dar um passeio. Vai-se aproximando, aproximando, passa por triliões de estrelas e por outros tantos triliões de outros corpos celestes, e ao fim de biliões de quilómetros encontra uma pequenina bola de berlinde a que chamam Terra. Pára um pouco para pensar e chega à conclusão de que a Terra, afinal, é um pequeníssimo e quase desprezível grão de areia no meio do Universo, sem qualquer valor ou significado. Continua a viagem, aproxima-se, aproxima-se um pouco mais, e repara que sobre essa bolinha chamada Terra se mexe uma multidão de pequenos bichinhos chamados homens. Pára novamente para pensar e definitivamente se convence de que o Homem, afinal, não é, rigorosamente, o centro de nada. Vai-se aproximando, aproximando ainda mais até penetrar dentro do próprio Homem, onde depara com o tal microcosmos que deixei atrás, na minha descrição. Conclui, então, pelo que lhe parece, que o Homem vive entre duas poderosas forças. Uma força antropocêntrica, que o atrai e o arrasta para a sua natureza, para a sua condição humana e para a sua esfera relacional, da qual não pode, de forma alguma, libertar-se, e uma outra força de sentido oposto e centrífugo dentro da permanente expansão do Universo, que tende a projectá-lo em cada momento na dimensão universal a que pertence. Nesta zona de divergência, nesta interface, na fronteira entre estas duas poderosas forças, reside, a meu ver, a verdadeira vida, a vida que procura fugir e transitar da sua natureza palpavelmente biológica, para um estádio que, sem deixar de ser material e biológico, cada vez mais se integra na natureza cósmica da sua origem-destino. Nesta zona de divergência, nesta poderosa interface reside, em minha opinião, a mente, a verdadeira ponte entre as duas naturezas, que o são apenas na aparência. E quem diz a mente diz o desenvolvimento mental, quem diz o desenvolvimento mental diz o desenvolvimento cultural, e quem diz o desenvolvimento cultural diz o desenvolvimento da expressão artística, talvez o maior vector humano nesta força de projecção universal. Toda a natureza humana muda e altera em cada momento as relações do seu microcosmos, podendo fazê-lo de forma negativa ou positiva, isto é, cortando ou abrindo as asas da mente. Só as alterações e mudanças que levam ao saldo positivo da mente permitem o salto positivo da mente, a travessia desta ponte, para além da qual se dá a verdadeira evolução do Homem, a que conduz ao equilíbrio da sua concomitante expansão como ser do Mundo e do Universo e à preservação da harmonia cósmica da nossa existência.
 

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por Augusta Clara às 13:24



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