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Jardim das Delícias



Quinta-feira, 23.05.13

Le Métèque (em português) - Georges Moustaki

 

Georges Moustaki  Le Métèque (em português) 

 

E Georges Moustaki partiu

 

 

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por Augusta Clara às 21:00

Quinta-feira, 23.05.13

Cartas a Maria - Júlio Machado Vaz

Maria,
Lua quase cheia e pensamento supersticioso a fazer o pino – estará ela quase vazia de mim? (E se “quase” for optimista?). Um amigo no hospital, as sms falham, no seu lugar faria o mesmo. Ser chefe quando rezo para que tomem conta de mim. A fuga para a televisão, talvez esta angústia se cure a tiro de western ou policial…  Frankie e Johnny, o Diabo decidiu divertir-se à minha custa, há quantos anos não tropeçava neste filme? Beber o cálice até ao fim. (Que megalomania é esta?, a frase pertence a Jesus e ao Chico). Pacino, antes de se render ao overacting. Pfeiffer desconfiada, mas fascinada por uma flor. Lembro-lhes cada tropeção até ao abraço final. Mas não arrisco – vou rever para me assegurar que ficam juntos. Se os americanos ganharam a guerra do Vietnam em Hollywood, por que raio não consigo eu um mísero armistício contigo em noite de Lua quase cheia?
Eu sei, chama-se vida real.

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por Augusta Clara às 19:00

Quinta-feira, 23.05.13

Domingo à tarde, no Vasco da Gama - Carla Romualdo

 

 

Carla Romualdo  Domingo à tarde, no Vasco da Gama

 

 

 

(Adão Cruz) 

 

 

   Quando ela bate a porta e se afasta com passos trémulos sobre o empedrado, indiferente já aos olhares das vizinhas, ou às risadas atrevidas dos adolescentes a jogar futebol na rua, ela sabe que deixa entre os seus – os vizinhos – a certeza de que ela vai, todos os sábados e domingos, para um encontro amoroso.

Poderá ser que a imaginem numa história clandestina, dividindo o seu amante com outra mulher, a legítima, e por isso volte sempre sozinha a casa. O que não sabem, e talvez nunca venham a sabê-lo, é que ela passa as suas tardes no Vasco da Gama, sentada à mesa com uma bica que rende para a tarde inteira, e que os homens passam, e olham-na, e por vezes é preciso que passem muitas vezes até se atreverem a abordá-la, e que às vezes ela segue-os e outras vezes não, e isso depende da expressão que lhes vê na cara, se estão demasiado ávidos ou até parecem um pouco despectivos, se têm gestos rudes, que denotam um violento em potência, ou se parecem mansos, e às vezes depende tão-só de gostar ou não de cada um, porque em cada um põe mais, muito mais do que uma simples transacção, em cada um pousa, ainda que por instantes, a esperança de encontrar uma ilusão que lhe dure mais do que a tarde de domingo.

E por isso, Ana Maria senta-se a cada fim-de-semana, numa mesma mesa da praça da alimentação do Vasco da Gama, com os olhos carregados de rímel, calças justas ou saia curta, e um decote exageradíssimo, um decote que lhe deixa as mamas quase a descoberto, bordeadas pela renda negra do soutien de luxo, que ela só usa aos sábados e domingos, e se olharem para ela não verão mais do que uns olhos negros, muito negros, e talvez já nem desçam o olhar para o decote, porque quem sabe verão nesses olhos negros a ilusão que em algum dia se cumprirá, nem que seja só por uns instantes.

 

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por Augusta Clara às 17:00

Quinta-feira, 23.05.13

Le métèque - Georges Moustaki

 

Georges Moustaki  Le métèque

  

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por Augusta Clara às 16:00

Quinta-feira, 23.05.13

A Feira do Livro - António Lobo Antunes

 

A Feira do Livro de Lisboa abre hoje ;)

 

António Lobo Antunes  A Feira do Livro

 

 

   A Feira do Livro é estar sentado debaixo de um guarda-sol às listras a dar autógrafos e a comer os gelados que a minha filha Isabel me vai trazendo de uma barraquinha três editoras adiante, preocupada com as atribulações de um pai suado, de repente da idade dela, a escrever dedicatórias, de língua de fora, numa apli­cação escolar. Isto não é uma queixa: gosto das pessoas, gosto que me leiam, gosto sobretudo de conhecer as pessoas que me lêem e me ajudam a sentir que não lanço ao acaso do mar garrafas com mensagens corsárias que se não sabe onde vão ter, e gosto dos romances que escrevi. Tenho orgulho neles e tenho orgulho em mim por ter sido capaz de os fazer. De modo que ali estou, satis­feito e tímido, acompanhado pelo Nelson de Matos que me pastoreia com paciência, com uma placa com o meu nome e as capas em leque à minha frente, um pouco com a sensação de vender biiuterias marroquinas nos túneis do Metropolitano do Marquês ou fatos de treino fosforescentes na Feira do Relógio, que os leitores folheiam, compram, me estendem para o selo branco, e eu em lugar de lhes explicar obsequioso e seguro que os livros não desbotam nem encolhem na máquina limito-me por falta de vo­cação cigana a pôr a etiqueta lá dentro

(Deus sabe o que me apetece às vezes assinar Hermès ou Valentino)

e a devolvê-los com o sorriso lojista de quem garante qualidade e boa malha. Como nos saldos da Avenida de Roma acontece de tudo: é o senhor de meia-idade e olhinho alcoviteiro que abre Os Cus de Judas, o folheia com curiosidade primeiro e com desilusão depois e se afasta a desabafar para um sócio de unha guitarrista

— Bolas nem sequer traz fotografias

é o rapaz de cabelo amestrado a gel e crocodilo no mamilo, como dizia o Alexandre, que pergunta numa piscadela cúmplice

—  Já agora qual é o que tem mais curtições assim cenas de cama está a perceber?

é a tia virtuosa, de sapatos tipo caixa de violino, preocupada com a educação dos sobrinhos, essas tias que se oferecem sem­pre para os levar a fazer chichi, que me observa com severidade apostólica

—  O que devo comprar para a minha afilhada coitadinha que fez anteontem a primeira comunhão?

é o autoritário que espeta o dedo na página e ordena em voz de furriel

—  Ora meta aí: para a Fernanda no seu trigésimo oitavo aniversário com os melhores votos de felicidades e agora enfie o seu apelido

é o que fica a seguir, desconfiadíssimo, o aviar da receita, inclinado para diante de mãos nos bolsos do rabo, e me corrige ultrajado

—  Elizabeth é com th você tem alguma coisa contra as Elizabeths ou não é escritor?

Às sete da tarde levanto a tenda. O letreiro com o meu nome desaparece, desaparecem os livros e como por felicidade não moro em Loures nem na Damaia de Cima tenho tempo de cele­brar com a Isabel o fim dos saldos lambendo um último gelado. Sentamo-nos na relva como um par de namorados e seguimos à distância os outros vendedores de bijuterias marroquinas ou de fatos de treino fosforescentes a autenticarem os seus produtos num afã de balconista enquanto nós dividimos os Almanaques do tio Patinhas comprados numa prateleira dedicada às leituras difíceis e cujos títulos me encantam: Psicanalise-se A Si Mesmo, Como Enriquecer Sem Sair De Casa, A Vida Sexual De Adolfo Hitler, Dez Cegos Célebres, A Cura Do Cancro Do Útero Pelo Método Espírita. Um bêbedo ao pé de nós ressona como um motor a dois tempos sobressaltos de motorizada. O céu enche-se de nuvens Magritte. Proponho à minha filha uma corrida até ao automóvel e o último a chegar é maricas. No carro ao lado do nosso o autoritário da Fernanda descompõe a dita: tem uma mascote no retrovisor, duas no vidro traseiro, o autocolante de uma menina de chapéu no guarda-lamas, e interrompe-se para a informar

—  Aquele é que é o gajo que escreveu o livro.

A Fernanda, toda transparências e folhos, lança-me um rímel distraído do alto da sua opulência glandular e a Isabel que lhe apanhou a indiferença e o soslaio em pleno voo aconselha-me com pena de mim a caminho do hamburger do jantar

—  Depois disto tudo eu achava melhor o pai não ser escritor.

 

(in António Lobo Antunes, Livro de Crónicas, Dom Quixote)

 

 

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por Augusta Clara às 14:00

Quinta-feira, 23.05.13

A Golpada dos remédios ou o absurdo da nova prescrição de fármacos - Tereza Forte

 

Tereza Forte  A Golpada dos remédios ou o absurdo da nova prescrição de fármacos

 

 

 

Publicado em As Minhas Leituras a 16 de Maio de 2013 

 

   Há evidencias tão evidentes que me pergunto, como foi possível termos permitido que se chegasse ao actual estado de coisas. Estou a falar da prescrição de fármacos, tantas vezes o corolário de uma consulta. Parece simples: uma queixa, um diagnóstico, um remédio que pode até nem ser um fármaco. Registos do acontecimeto e avaliação posterior do resultado. No meio de toda a equação e passando por outros intermediários do processo, o dito remédio por vezes de facto um fármaco. Que tem um ou vários preços e é vendido ao balcão de um estabelecimento comercial que se chama farmácia, de uma forma pública ou seja sem privacidade não se fazendo registos do acto, para além dos necessários para fins contabilísticos. Enfim, todos os presentes na farmácia a assistir.

Durante décadas foi assim. O médico receitava, a farmácia dispensava e o doente pagava. Uma receita médica era inviolável. Era um termo de responsabilidade de um profissional que prescrevia um tratamento a alguém que teoricamente dele necessitava.

Nesta sociedade comandada pelo deve e haver, em que tudo o que respeita a fármacos envolve milhões, estalou o conflito. A industria farmacêutica um dos maiores negócios á escala planetária. O Estado, pagador de uma fatia considerável dos custos. A farmácia com os seus interesses, estrategicamente posicionada entre o médico e o doente. Mas a cadeia de intermediários não se fica por aqui. Agora existe também o armazenista a fazer a ponte entre a indústria e a farmácia. Um novo player como se diz agora.

Os custos dos fármacos subiram em flecha e a dada fase do processo surge o mercado de genéricos. Uma forma de tornar mais baratas as moléculas que já tinham ultrapassado o período da patente. Tudo certo.

Contudo, foi com a introdução dos genéricos que o processo se subverteu. E nós deixámos.

Com a introdução dos genéricos, o ministro á época entendeu passar um atestado de desconfiança a toda uma classe, e permitir a troca de fármacos na farmácia. E assim os genéricos entraram com o pé esquerdo. Bem trabalhada a opinião pública até aplaudiu. Porque os médicos recebiam muitas prendas e faziam muitas viagens ás Maldivas e nas farmácias eram todos muito honestos e só queriam o bem do doente e zelavam conscienciosamente pelos cofres do Estado, dispensando criteriosamente o remédio mais barato. E nós deixámos. É certo que ainda podíamos assinalar com uma cruz que não permitíamos a dispensa de um genérico. Foi sol de pouca dura, pois o mercado de genéricos floresceu. Ou melhor, explodiu. Se inicialmente já não sabíamos quantos genéricos existiam, em pouco tempo deixamos de saber quantos laboratórios de genéricos havia no mercado. Por vezes ao assinalar a não autorização de troca, o que pretendíamos não era impedir a dispensa do genérico, mas tão somente definir o laboratório fabricante, já que a forma como o modelo da receita estava elaborada não o permitia. Só estava prevista a troca de um remédio de marca por um genérico e não o próprio genérico. A partir desta altura tudo se trocava. Produtos de marca por genéricos, genéricos de um laboratório por genéricos de outro laboratório e quantas vezes até de uma molécula por outra. É certo que o doente tinha de concordar e firmar a sua assinatura, mas é humano atender á última coisa que nos é dito e lá estava ele pronto a assinar. E assinava. Com as trocas indiscriminadas começaram as confusões que se os nomes dos remédios são estranhos, os princípios activos são completamente arrevesados. Vá lá o doente comum, saber que toma uma carbamazepina e duas pregabalinas. É de mais. Mais simples é saber que toma um da caixa azul com uma risca branca e dois da caixa amarela com a risca verde e que se precisar ainda pode tomar da caixa encarnada com bolinhas rouxas. Estava preparado o terreno para a confusão generalizada. Considerando que ainda por cima e tratando-se de medicação crónica, na renovação do receituário lhe podiam ser trocadas todas as caixas. Não é preciso ser idoso para começar a trocar tudo. Mas a argumentação do farmacêutico, ou do técnico de farmácia ou de quem quer que esteja ao balcão da farmácia é clara. “Esse remédio está esgotado”. Também pode ser, “esse produto foi retirado do mercado, já não existe há muitos anos”. Aí, é o descrédito. Então o idiota do médico, nem isso sabe, pensa o pobre do doente. Mas logo a seguir vem a solução. Temos um exactamente igual e que faz o mesmo efeito e até é muito mais barato. Perante a evidencia o doente concorda e assina. A troca está consumada.

No entanto, muitas outras coisas podem acontecer. Os armazenistas podem ter interesse em fornecer às farmácias alguns fármacos em detrimento de outros, por exemplo. E assim, a farmácia é abastecida apenas dos remédios que interessam a alguém, algures pela cadeia acima. And so on. Os meandros da coisa são insondáveis e muitos cenários podem ocorrer. Já não estamos na narrativa básica do médico desonesto e vendido á industria farmacêutica e da farmácia honesta e benfazeja do interesse público, a bem da economia da nação. Isso era uma lenda. Os interesses jogam-se agora noutros tabuleiros!

Com a nova receita a coisa é ainda mais complicada, mas a verdadeira gincana, a autentica prova de barreiras é a prescrição electrónica. Mas reflectindo ainda sobre a nova receita em papel é no mínimo inquietante que onde constava “assinatura do médico prescritor” passe a figurar, assinatura do “prescritor”. Adivinham-se novos “players”. Que provavelmente não serão médicos. A ver vamos.

Entretanto a nossa vida tornou-se um inferno. E a dos doentes também. Temos grosso modo duas alternativas. A primeira é introduzir o princípio activo e “printar” a receita. Está pronto. A receita é passada ao doente, a farmácia vende o que entender. Como são todos muito honestos, naturalmente dispensam o mais barato. Sem registo de qual o fármaco entregue ao doente, de que laboratório. Efeitos secundários ou adversos não fazem história. Não interessam nada! Torna-se quase impossível fazer alguma fármacovigilância. Contudo, se os problemas forem mesmo graves, daqueles que até vêem no jornal, sempre é possível fazer uma investigação quase policial, pedir aos familiares que encontrem a caixa do remédio. Depois resta saber se era mesmo aquela ou se havia outra. A velha história.

Se o médico pretender saber exactamente o que o doente vai tomar, começa o slalom informático. Vai meter-se em grandes trabalhos. Primeiro tem de mudar o botão de pesquisa para “nome comercial”. Mesmo que pretenda escolher um genérico! Escreve o nome comercial ou o princípio activo (ridículo). Aparece a listagem que no caso do SAM praticamente não tem critério. Como o programa está tão bem feito que aproveita apenas uma pequena parte do ecrã, no caso de querer seleccionar o laboratório de origem do genérico ainda tem de deslocar o cursor para a direita, para visualizar a linha completa. Caso contrário nem o vê. Se existirem umas dezenas de fármacos com o mesmo nome, princípio activo, apresentação, dosagem etc., aparecem todos. Todos à molhada e é preciso andar para cima e para baixo até encontrar o que se pretende. Aí com um duplo clique a molécula vai para uma janela em cima e aparece por baixo da que o sistema seleccionou. A diferença é assinalada e lá aparece. Exemplo: este produto custa mais 0,03 cêntimos. Contudo se o médico pretende MESMO aquele, tem de marcar uma janela. OK, já está. Não, não está. O sistema ainda pergunta se tem mesmo a certeza que quer prescrever ESSE. Já com pouca paciência o médico assinala que sim. O sistema avisa mais uma vez que só em três situações pode prosseguir e abre uma janela com 3 caixas de verificação. Janela estreita, reacção adversa ou tratamento superior a 28 dias. Claro que a situação mais frequente é esta última. OK é um tratamento prolongado. Pois ainda aparece uma nova janela para introduzir o nº de dias previsto. Presumo que para o meu doente diabético o período previsível seja de ???? 365 dias. Como a janela dá para 3 dígitos optei por introduzir esse número. Estou tentada a pôr 666. Irei experimentar. Ainda aparece uma nova janela a dizer que nesse caso, alínea c), é obrigatória a introdução da posologia. Então e nos outros casos não é? Ponho a posologia. Quando finalmente tento passar para o segundo fármaco que pretendo receitar, ainda aparece mais uma janela a perguntar se quero gravar. Não, alguém anda a gozar connosco. Mas ainda não acabou. Longe disso. Quando o fármaco é seleccionado pelo médico e beneficia da tal bendita alínea c), a tal dos 666 dias de tratamento, as normas de prescrição exigem que seja passado apenas um fármaco por receita. É exactamente isso. Qualquer médico que ouse seleccionar quatro (4) remédios para o seu doente e tratando-se de medicação crónica e portanto com receita tripla para cada um deles, vê sair da impressora doze (12) receitas que como prescritor deve assinar. Por vezes o programa engana-se e printa mais que uma alínea c) na mesma receita, mas uns dias depois, lá está ela devolvida pela farmácia. Toca a recomeçar a narrativa para repor a lenda. É um fartar de papel, um fartar de caneta, um fartar de braço, um fartar de paciência.

A duplicação e a troca de fármacos atingem níveis nunca vistos. Por vezes até triplicação. É evidente que isto acontece muito mais na MGF, onde se prescreve mais, onde há mais idosos polimedicados que pedem sucessivamente a renovação do seu receituário. O que se está a passar é PERIGOSO para os doentes. Os acidentes de medicação estão sem controle. A nossa paciência está no limite.

Alguém tem de por cobro a isto. Pergunto: A Ordem dos Médicos foi consultada sobre a nova receita e sobre as novas regras de prescrição? O que tem a dizer sobre isto? O colégio da especialidade de MGF e de Medicina Interna, não têm nada a dizer perante a gravidade da situação?

Estamos a ficar loucos? Quando eu já não aguentar mais, vou deixar de seleccionar os fármacos dos meus doentes e limito-me a carregar num botão. Como nos “Tempos Modernos”. A receita sairá como os nossos decisores querem. A farmácia vai vender o que quiser. Os doentes vão continuar a trocar tudo e muitos deles já nem sabem o que tomam. A situação é tão grave que no caso dos idosos há muito que não sabem a quantas andam, nem as pessoas que lhes tratam dos remédios se entendem. Em breve a bagunça ainda vai aumentar, pois adivinham-se novos prescritores no pedaço.

E para concluir? Isto vai sair muito caro. Em vidas, em saúde e até mesmo em dinheiro.

Isto está a ficar um país de loucos. A insanidade, aliada á informática está a dar cabo de nós. Vamos continuar ZEN?

 

Tereza Forte, Médica de Medicina Geral e Familiar, publicado no grupo Médicos Unidos em Maio de 2013

 

Exemplos da confusão, em que doentes tomavam vários fármacos iguais mas de marcas diferentes podem ser vistos aqui!

 

 

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por Augusta Clara às 08:00



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