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Delícias são tudo o que nos faz felizes: um livro, a magia dum poema ou duma música, as cores duma paleta ... No jardim o sol não raia sempre mas pulsa a vida, premente.
João de Melo Gabriel García Márquez
A Literatura deve tudo à condição humana, e nada a quem a pretenda separada da vida, dos povos e da representação ficcional do Homem (criador de todos os mitos, com excepção do mito de si próprio). Por isso eu digo que o “maior” escritor do mundo é aquele que “melhor” o escreve. E esse tem nome. Chama-se Gabriel García Márquez. É-o não porque escreva melhor do que todos os que até agora fizeram a educação, a diferença e a paixão da minha vida literária – mas porque há na sua escrita o eco de todas as escritas e linguagens, uma segunda amplitude temática, uma repetição de tropos e motivos herdados de todas as culturas e civilizações. Não se trata, porém de uma nova estética da imitação. Pelo contrário. Estamos em presença de um imaginário completamente novo, inspirado pelo sopro e pelo barro criador de um demiurgo e de um virtuoso. A sua escrita possui não apenas o poder de encantar e comover os sentidos, mas sobretudo uma vertigem narrativa, uma superior narratividade literária – e um tal magnetismo simbólico, que em tudo se aproxima novamente da grande alegoria, a da caverna de Platão, assim como dos textos que até nós trouxeram a memória e a mitologia dos tempos e lugares todos do mundo.
(in Dicionário de Paixões pp.221-222, Lisboa,1994)
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Porto é melhor que Benfica, isto é uma prova clara
Magnífica verdade,"[...] que viver dos outros impl...
Obrigada! Texto maravilhoso a ler e reler! Desde p...
Muito interessante este texto do Raul Brandão. Que...
Desculpe, mas isto é demasiado grande para ser o c...