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Jardim das Delícias


Sexta-feira, 30.03.18

O caso Skripal e as dúvidas que ainda subsistem - Major-General Carlos Branco

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Major-General Carlos Branco  O caso Skripal e as dúvidas que ainda subsistem

 

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Expresso, 29 de Marlço de 2018

   Na sequência das declarações de Theresa May, a primeira-ministra britânica, no parlamento, a 12 de março, e de Boris Johnson, o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, sobre o alegado envenenamento do agente duplo Sergei Skripal e de sua filha Yulia, as relações político-diplomáticas entre os países ocidentais - nomeadamente Estados Unidos e Reino Unido - e a Rússia deterioram-se a um ponto nunca visto desde o fim da guerra-fria, piores mesmo do que nos anos cinquenta do século passado. Theresa May acusou a Rússia de ser “muito provavelmente” responsável pelo duplo envenenamento. O assassinato “teria sido planeado diretamente pelo Kremlin”, ou a “Rússia teria permitido que o gás tivesse caído em mãos erradas”.

Desconheço quem possa estar por detrás deste incidente, mas estou particularmente interessado em saber o que realmente aconteceu. A serem verdadeiras as acusações feitas à Rússia justifica-se uma resposta firme. Contudo, a argumentação utilizada pelas autoridades britânicas apresenta algumas fragilidades não negligenciáveis. Mais de três semanas passadas sobre o incidente, justificava-se a apresentação de provas inequívocas e irrefutáveis sobre o envolvimento russo. Continua-se sem conhecer a identidade do perpetrador, assim como as circunstâncias e o local da ocorrência. O que se tem sabido é pela comunicação social e a informação é contraditória. Uns falam num pub, outros num restaurante, parece que os Skripal teriam sido encontrados moribundos num banco de jardim. Segundo alguns relatos o polícia que os encontrou teria tido contacto com o veneno em casa dos Skripals, segundo outros durante a prestação do auxílio. Seria conveniente conhecer a versão oficial.

Preocupa-me sobretudo a desastrosa gestão política do acontecimento. A falta de evidência tem sido acompanhada por um retórica inaceitável, pouco consentânea com aquilo que são as boas práticas da diplomacia internacional. O assunto deveria ter sido logo encaminhado no dia 4 de março para a OPWC, o fórum próprio onde o assunto deveria ser analisado. A Rússia argumenta com os termos do Artigo IX da CWC, que estipula a necessidade de se efetuar um primeiro esforço para clarificar e resolver, através de troca de informações e consultas entre as partes, qualquer assunto que possa colocar em dúvida o cumprimento das normas em vigor. Por seu lado, o governo britânico recusou-se a partilhar as alegadas evidências, assim como as amostras do produto alegadamente utilizado. A sua publicitação seria um xeque-mate. Contudo, não o fez, prolongando inutilmente (ou não) uma discussão.

O Reino Unido optou por politizar o assunto e levá-lo ao Conselho de Segurança da ONU, no dia 14. Nesse mesmo dia, já com todas as “certezas”, as autoridades britânicas convidaram a OPWC a levar a cabo uma investigação independente. Com a crise já instalada, a 19 de março – duas semanas após o envenenamento - chegaram ao Reino Unido os especialistas da OPCW. Felizmente que o tema não foi considerado ao abrigo do Artigo V pela NATO, apesar de ser considerado um ataque a um país da Aliança. Um caso baseado em hipóteses e não sustentado em evidências foi rapidamente equiparado a um ato de guerra. Teria sido mais curial esperar pela finalização das investigações. Acusar primeiro e investigar depois não parece ser a prática mais adequada.

Esta questão assume contornos burlescos quando o laboratório científico inglês que fez análises ao sangue dos Stripal concluiu pela exposição a um “nerve agent or related compound”… e as amostras indicaram a presença de um “novichok class nerve agent or closely related agent), não se comprometendo com uma prova irrefutável. Esperava-se que May tivesse promovido uma audição parlamentar ao diretor do laboratório para que este fornecesse todas as evidências e prestasse todos os esclarecimentos, nomeadamente sobre a origem russa da substância, uma prática comum nas democracia avançadas.

Ao contrário do que afirmou Theresa May são muitos os possíveis perpetradores, para além da Rússia, claro está. Naturalmente que a Rússia não poderá ser excluída da lista dos suspeitos, assim como muitos outros, nomeadamente os mais de 300 espiões que constavam na lista que Skripal entregou às autoridades britânicas. Mas a lista de putativos suspeitos não acaba aqui. São conhecidas as ligações profissionais de Skripal a Christopher Steele, e ao seu possível envolvimento no Russiagate. Skripal tinha-se tornado um elemento perigoso que podia causar danos na comunidade de inteligência americana, no Partido Democrata e por aí adiante. Existem vários precedentes similares. As autoridades policiais britânicas, tão zelosas noutras circunstâncias, revelaram-se particularmente descuidadas na proteção dos Skripal.

Não podemos deixar de nos interrogar sobre o que é que objetivamente teria a Rússia a ganhar - a alguns meses da realização do campeonato mundial de futebol no qual investiu avultadas somas de dinheiro para fosse um sucesso - em liquidar nesta altura um simples espião que deixara há muito de constituir um perigo, agravando assim as já tensas relações com o ocidente? A resposta não é evidente. Putin tem provado ser um ator racional. Tendo tido a oportunidade para eliminar Skripal enquanto este permaneceu nos calabouços russos, não o fez, porque o faria agora, depois de este viver oito anos em Inglaterra? É de facto difícil descortinar uma razão (lógica).

A argumentação de May apresenta igualmente fragilidades quando responsabiliza Putin por ter permitido a fuga do gás. Como se sabe, nos tempos da União Soviética, o novichok era produzido no Uzbequistão, fábrica essa que foi desmontada com a ajuda dos Estados Unidos em 1993. Sem salários, a venda de Nnovichok foi uma forma que na altura muitos funcionários encontraram para sobreviver. Dizer que se trata de um gás do “tipo desenvolvido pela Rússia”, não prova que a substância utilizada tenha sido processada na Rússia. Ser atropelado por um Mercedes não significa que a responsabilidade seja “muito provavelmente” do governo alemão.

É desconcertante vir agora o Reino Unido acusar a Rússia de não ter declarado todas as suas capacidades, não cumprindo as suas responsabilidades no âmbito CWC. A ser verdade – o que desconheço – sendo esta informação conhecida antes de 27 de setembro de 2017, a data em que a OPCW declarou a total destruição do arsenal russo, porque é que o Reino Unido não informou a OPCW com base no seu próprio intelligence, que tanto quanto sei tinha a obrigação de o fazer? Seria muito importante ouvir o que os responsáveis britânicos têm a dizer sobre isto.

Para além das questões de natureza técnica apontadas – que não se encontram esgotadas – há várias outros aspetos a relevar. Em primeiro lugar, o rasto de fiabilidade deixado pelos dois personagens responsáveis pela presente crise. Um, ainda ontem fazia campanha contra o Brexit e hoje lidera o processo de separação do Reino Unido da União Europeia, que por sinal lhe está a correr bastante mal; o outro, liderou a campanha contra o Brexit mas depois não quis assumir as devidas responsabilidades colocando a responsabilidade na condução do processo no primeiro. Convém lembrar que o partido liderado por May não tem, nem nunca teve pruridos em ser financiado pelos pouco recomendáveis oligarcas russos que se refugiaram em Londres, transformando a city num enorme tanque de lavagem de dinheiro russo. De acordo com o London Times e o Daily Telegraph, o partido da Sr.ª May terá recebido deles donativos no valor de £820,000.

Em segundo lugar, convém trazer à memória as conclusões do relatório Chilcot aprovadas pelo parlamento inglês, que chamava à atenção para as narrativas deliberadamente exageradas apoiadas em intelligence fabricado à “medida das necessidades” para convencer e receber o apoio das opiniões públicas. Claramente que esta possibilidade não pode nem deve ser descartada neste caso. Terão sido as mesmas fontes - igualmente credíveis - em que se baseiam agora May e Johnson que terão convencido Blair da irrefutável posse de armas de destruição massiva pelo Iraque. São conhecidas as consequências desastrosas dessas crenças sem a devida certificação.

Recordamos ainda o papel desempenhado pelas chamadas empresas de “Strategic Communications” como a Cambridge Analytica e a Strategic Communication Laboratories próximas do partido Conservador e do aparelho militar britânico, contratadas para influenciar a opinião pública levando-a apoiar o Brexit, algo de que apenas se conhece a ponta do iceberg. É pois na palavra destas pessoas que estamos a colocar o nosso futuro coletivo. Fará, provavelmente, algum sentido parar para pensar e refrear os ânimos.

Encontramo-nos numa estrada perigosa. Assistimos a algo que se assemelha ao início de uma guerra. As guerras, leia-se os confrontos militares generalizados, são sempre precedidos por uma escalada que passa pela subida de tom na retórica, a demonização do oponente, o reforço dos dispositivos militares e a conquista da opinião pública para apoiar ações mais assertivas contra o oponente. Depois é necessário criar um acontecimento, um pretexto que não tem necessariamente de ser causado pelo oponente e que é normalmente provocado por quem pensa que vai beneficiar com o resultado da guerra. Sabe-se hoje quem montou a armadilha que levou à guerra do Vietnam, à guerra espanhola-americana e muitas outras mais recentemente. Por isso, convinha que prevalecesse o bom senso.

Começa a ser claro que o campeonato mundial de futebol será um palco desta luta. Mas enquanto for só isso… a histeria russofóbica faz parte da operação de moldagem das opiniões públicas, preparando-as para o confronto. Com o clima criado poderá nem ser necessário conceber um pretexto. Bastará um imprevisto, um erro de cálculo para nos levar para uma situação sem retorno, fazendo com que a crise político-militar se transforme numa confrontação militar direta. Essa possibilidade afigura-se-nos muito elevada. A nova postura nuclear dos Estados Unidos e a crença de que se consegue manter uma guerra ao nível nuclear tático, sem evoluir para o patamar estratégico e para a destruição total são mais alguns ingredientes que nos devem fazer refletir. A presente crise – real ou fictícia – enquadra-se perfeitamente no modelo. O que está mesmo a fazer falta é testar os efeitos das novas armas hipersónicas.

  

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por Augusta Clara às 19:02

Quarta-feira, 12.04.17

Grande intervenção do representante da Bolívia no Conselho de Segurança das Nações Unidas (completa)

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por Augusta Clara às 02:13

Quarta-feira, 12.08.15

Uma agressão que prossegue - José Goulão

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José Goulão  Uma agressão que prossegue

 

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Mundo Cão, 11 de Agosto de 2015

 

   Quarenta anos depois de terem sido escorraçadas do solo vietnamita, levando consigo um escabroso Nobel da Paz atribuído a um fabricante de ditadores chamado Henry Kissinger, as tropas imperiais continuam a matar. Os sinais da agressão terrorista dos Estados Unidos da América contra o povo do Vietname, cometida no âmbito da cruzada permanente supostamente para expurgar o comunismo da face da Terra, ainda estão vivos – não apenas na memória dos que a sofreram, mas na carne e no sangue de milhares e milhares de pessoas que nascem hoje, muito depois do auge da tragédia.

Tal como aconteceu em Hiroxima e Nagasaki, a arrogância, a insensibilidade e a desumanidade dos exércitos imperialistas deixaram mecanismos de morte com efeitos contínuos, de origem atómica nos casos do Japão e de acção química no caso do Vietname. Neste país, onde o exército norte-americano abriu vias para as suas ofensivas à força de napalm, cujas nuvens de chamas cremaram todas as formas de vida por décadas e décadas em extensas áreas territoriais, milhares de crianças continuam a nascer com malformações, problemas neurológicos e cancerígenos devido aos efeitos da dioxina decorrentes de um outro exercício de extermínio: neste caso, o cometido com recurso ao chamado agente laranja – aliás um herbicida que multinacionais continuam a comercializar alegando, e mentindo, que está livre de agentes nocivos para a vida humana.

De acordo com dados norte-americanos, as tropas enviadas por Washington para o Vietname lançaram 80 milhões de litros de agente laranja contaminados com 400 quilos de dioxina só em cinco anos da invasão, que se prolongou por 14 anos. Usado para destruir florestas e todo o tipo de vida que elas protegem, o agente laranja causou danos irreparáveis que funcionam ainda hoje como uma catástrofe em todo o Vietname e, acima de tudo, liquidou, afectou e continua a atingir milhões de vidas humanas através dos seus efeitos prolongados. Fontes de Washington pretendem explicar, de modo recorrente, que o uso do agente laranja não se destinava a atingir vidas humanas, mas sim a desfolhar florestas onde se acoitavam “os terroristas”. A coisa só correu mal, dizem, porque devido às pressões da guerra foi preciso recorrer a agente laranja de “purificação imperfeita”, pelo que a contaminação com dioxina provocou – onde é que já ouvimos isto? – “danos humanos colaterais”.

As vítimas vietnamitas do agente laranja formaram uma associação através da qual pretendem que o mundo conheça esta realidade tão escondida pelos canais da propaganda mundial, exigindo ainda que os autores da chacina e seus herdeiros políticos e militares assumam a responsabilidade por esses crimes de guerra e contra humanidade – com os quais nenhum tribunal internacional, em Haia ou qualquer outro lugar, parece disponível para se sobressaltar. Até agora, como é de esperar da mentalidade que governa a América e o mundo, não há responsabilidades a assumir. Se o napalm e o agente laranja continuam a matar quarenta anos depois, o azar é das vítimas.

Ironia do destino: em tempos, uma associação de veteranos de guerra dos Estados Unidos levantou uma acção legal em defesa de soldados que participaram na invasão do Vietname e foram também contaminados pela dioxina. Um acordo que previa indemnizações de 93 milhões de dólares foi invalidado em último recurso por uma sentença determinando que “não existe qualquer base legal” que sustente as alegações das vítimas, tanto em termos domésticos como nas leis internacionais.

As acções de extermínio cometidas pelas tropas imperiais contra o povo do Vietname, com a agravante de continuarem através de efeitos retardados, estão ao nível dos maiores crimes contra a humanidade que a História regista. Ao contrário dos conceitos defendidos pelo Nobel da Paz e criminoso de guerra Henry Kissinger, separando ditadores bons dos maus, também não existe terrorismo bom ou mau: há terrorismo. De que a invasão norte-americana do Vietname foi e continua a ser um exemplo.

 

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por Augusta Clara às 11:20

Sábado, 24.08.13

As “armas químicas" que dão jeito à NATO - José Goulão

 

José Goulão  As “armas químicas" que dão jeito à NATO

 

 

   Não estou em condições de tentar explicar-vos o que na realidade se passou com o alegado “massacre” de mais de 1500 pessoas supostamente cometido por tropas do exército regular sírio recorrendo, a fazer fé na versão do Exército Sírio da Liberdade, à utilização de armas químicas.

O que posso garantir-vos, com uma certeza de cem por cento, é que o episódio tem vindo a ser descrito com histórias mal contadas e incongruências que deixam muito a desejar sobre a boa fé de bastiões da chamada “informação ocidental” e sobre a integridade de alguns dos mais importantes dirigentes mundiais.

Antes de mais, um facto que deve ser recordado agora que volta a falar-se na utilização de armas químicas na Síria. Apesar das acusações recorrentes, ainda ninguém provou que as tropas leais à autocracia de Bachar Assad tenham recorrido a esse tipo de engenhos. Acusações há muitas, provas nenhuma, o resto são suposições e ameaças. Do lado da oposição armada sabe-se, porém, que a Turquia detectou, porque o anunciou, o transporte de gás sarin para reforçar as capacidades bélicas dos grupos que querem tomar o poder em Damasco. Além disso, são para reter declarações proferidas pelo jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio – que defendia a união de todos os islamismos, incluindo o da Al Qaida, para derrubar Assad e morreu às mãos de um desses grupos – admitindo a hipótese de recurso à armas químicas pela oposição. Digamos que, na dúvida, existe um empate técnico: a questão das armas químicas não é unilateral, pelo que os pareceres sobre o assunto também não deveriam sê-lo.

Agora vamos ao “massacre”, desmentido pelas autoridades de Damasco. No local onde se realizou a operação militar há muito que não existiam populações civis, em debandada devido ao tipo de governo das “zonas libertadas” imposto pelos jihadistas. Acresce que, ao contrário do que acontece com os casos humanos de vítimas de armas químicas expostos pela oposição, não foi encontrado na região atacada um único animal morto com sinais de gases tóxicos. Estaremos perante armas tão inteligentes como as bombas de neutrões: estas poupavam os edifícios, será que os engenhos usados por Damasco poupam as espécies selvagens? Responda quem puder.

O “massacre” aconteceu em 21 de Agosto. Porém, existem no Youtube vídeos sobre a “matança” com data de dia 20. Sabemos que esta guerra tem vertentes religiosas, quiçá miraculosas, mas convenhamos que, ao contrário do que acontece com espíritos visionários como os dos Srs. Hollande e Obama, há milhões de pessoas no mundo que ainda não acreditam em milagres. Tanto mais que algumas das fotografias divulgadas como exemplo do “massacre” na Síria também já foram usadas, por sinal há pouco, para ilustrar a matança no Cairo de manifestantes da Irmandade Muçulmana pelas tropas egípcias – neste caso, ao que parece, sem armas químicas.

Saudemos a disponibilidade dos grupos da oposição síria para entregarem aos inspectores da ONU amostras de ADN confirmando o uso de armas químicas. O problema é que perante vídeos premonitórios e fotografias multiusos, o que pensar destas amostras?

Por outro lado, mesmo os crédulos perante tais milagres poderiam ter uns instantes de lucidez para reflectir sobre o que levaria o governo sírio, dono e senhor da situação militar no terreno, a cair ainda mais nas más línguas internacionais usando armas químicas quando isso nada adianta à superioridade operacional que tem demonstrado. 

Obama, Hollande e outros guardiões da paz mundial – não é assim que se diz? – é que não querem entreter-se com reflexões, são homens de acção. Engrossam a voz, falam cada vez mais na necessidade de uma intervenção militar directa, confessando assim que a estratégia de fazer a guerra contra Damasco através de bandos de mercenários, sejam fundamentalistas, moderados ou assim-assim, já falhou. A operação com “armas químicas” veio mesmo a calhar para alterar essa estratégia e preparar o terreno à intervenção da NATO. Tal opção não era a desejada pelos atlantistas depois dos caóticos episódios recentes e que deixaram o Médio Oriente como rastilho infalível para os que queiram fazer deflagrar a próxima guerra mundial. Mas se o objectivo é mesmo derrubar Assad e desfazer a Síria em pedaços, parece não haver outro remédio. Lançar guerras com base em mentiras e falsificações não é metodologia virgem. Os resultados é que serão, por certo, ainda bem mais trágicos do que as experiências anteriores.

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por Augusta Clara às 08:00



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