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Delícias são tudo o que nos faz felizes: um livro, a magia dum poema ou duma música, as cores duma paleta ... No jardim o sol não raia sempre mas pulsa a vida, premente.
António Pinho Vargas Ana Mafalda Castro, no Palácio de Mafra hoje à tarde
Palácio Nacional de Mafra
Froberger, Lamento ...
Publicado em 5 de Janeiro de 2014
Um dos muitos e muitas músicos/músicas - de estatuto superior, idêntico ou inferior, é indiferente para além de sempre subjectivo - que sabem na pele, de há uns anos para cá, o que significa "recalibrar", "ajustar", "refundar", "requalificar" - em suma os infinitos eufemismos para mal-tratar, para desconsiderar, para desperdiçar recursos e vidas de estudo, de empenho, na vida musical em Portugal. Não são só os compositores de modo nenhum que tem boas razões de queixa. O número de músicos de enorme qualidade e potencial que pude ver, ao longo do anos, a terem o seu talento, as suas qualidades, o seu esforço, desperdiçado e mal aproveitado pelos responsáveis desta área cultural do seu próprio país - que outros apontar? Irresponsáveis? - não tem conta nem explicação. Descrever isto a quem não é músico é uma tarefa ingrata e muitas vezes, pura e simplesmente, mal compreendida. "Lá estão eles- os artistas - a pedirem dinheiro" vêm dizer os sábios que não saem de casa. Não é nada disso. É querer trabalhar. É ter recebido bolsas, ter estado fora do país a estudar e depois regressar e não ter horizonte de vida profissional digna desse nome. Uma das classes artísticas e profissionais que menos protesta e que paga caro por isso é essa: os músicos. Têm muitas razões de queixa e quase nenhum espaço público para o dizerem sequer. Por tudo isso digo na escola aos meus alunos: pensem bem em tudo aquilo que, na música, não é música. É o resto à volta.
Ela tocou um Lamento de J. J. Froberger. Que poderia tocar senão "um lamento"?
APV
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Obrigada! Texto maravilhoso a ler e reler! Desde p...
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Desculpe, mas isto é demasiado grande para ser o c...